Depressão ou falta de hormônios?

Semana passada fomos surpreendidos pela notícia que um youtuber famoso estava “dando um tempo” em sua carreira devido a uma suposta depressão.
Como é possível um menino entrar neste quadro de esgotamento mental a ponto de desenvolver um quadro depressivo?
É claro que seria muita irresponsabilidade minha diagnosticar qualquer patologia à distância. Mas inspirada nesta notícia, vou discorrer sobre um quadro clínico que pode acometer mesmo indivíduos muito jovens.
Quando somos submetidos a um stress intenso e constante a ADRENAL (uma glândula localizada sobre nossos rins) desencadeia a produção de quantidades cada vez maiores de um hormônio denominado CORTISOL.
O cortisol é essencial para nos habilitar a enfrentar o stress. Ele é que nos proporciona as condições físicas e mentais adequadas para resolvermos situações de stress: imagine-se diante de um leão… temos que decidir rapidamente que atitude vamos tomar colocar-nos em condições físicas propícias através do aumento dos batimentos cardíacos para incrementar a circulação sanguínea dos músculos das pernas, se a escolha for “DAR NO PÉ”.
Só que na selva de pedra em que vivemos nos deparamos com um leão em cada esquina:
Não vai perder a hora de manhã!
Cuidado ao sair de casa pela manhã, você pode ser assaltada ou sofrer um sequestro relâmpago!
Que trânsito…
Vou chegar atrasado, meu chefe vai me matar!
Um motoqueiro levou meu retrovisor!
Não tem uma vaga onde possa estacionar!
Cheguei atrasado!
Não vai dar tempo de entregar o trabalho hoje!
Não vou almoçar para adiantar o serviço!
Não consegui entregar o trabalho hoje!
Vou fazer hora extra!
Fui despedido!
Mais 3 horas de congestionamento!
Cheguei atrasado em casa!
Meu cônjuge brigou comigo!​
Não consigo pegar no sono!
O despertador está tocando!
Cada um tem a sua história de sucesso ou de stress: pode ser também a de um menino brilhante em sua criatividade e carisma, que conquistou milhares de seguidores ávidos por novidades e chamou a atenção de patrocinadores cada vez mais exigentes, cobrando cada vez mais visualizações para manter crescente o número de negócios, oportunidade que chegou de repente em uma idade precoce sem que a personalidade tivesse tido tempo de amadurecer para lidar com as cobranças externas e internas de alta performance.
E diante dessa rotina a adrenal aumenta cada vez mais a produção de cortisol o qual se mantem sempre elevado não retornando a níveis normais. Para priorizar a produção de cortisol a adrenal interrompe a fabricação de outros hormônios que agem na manutenção da disposição física e mental. Neste momento encontramos distúrbios de sono pela irregularidade dos níveis de cortisol e comprometimento da capacidade física e mental pela interrupção da produção dos demais hormônios.
E com a persistência dessa situação por meses seguidos, a adrenal deixa de atender à grande solicitação na produção de cortisol, que então diminui também.
Neste momento o indivíduo que já apresentava distúrbio no sono e comprometimento da disposição física, passa a apresentar um cansaço que praticamente o paralisa, impedindo-o de executar as tarefas mais simples, como se o organismo tivesse entrado em um colapso.
A esse quadro damos o nome de fadiga adrenal ou Síndrome de Burn out que corresponde à exaustão da mesma.
Esse quadro mimetiza uma depressão porque o indivíduo mostra-se totalmente prostrado e apático.
O que colabora para confusão de diagnóstico é que mesmo em estágios mais avançados do problema, os exames de laboratório podem estar dentro da faixa de normalidade e só uma análise mais apurada dos resultados apontam para o diagnóstico.
E na verdade o diagnostico dessa entidade é clínico, basta escutar com atenção e paciência as queixas do paciente.
Quanto ao tratamento basta disponibilizar para o organismo as mesmas condições internas fornecidas pela adrenal para aliviar essa sobrecarga que está enfrentando e fornecer uma oportunidade para que a adrenal possa se recuperar.
Alcançamos isso com a Modulação Hormonal que consiste em oferecer ao organismo os mesmos hormônios que a adrenal produz, cada um com suas respectivas concentrações, através de utilização de hormônios bioidênticos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *